O caminho foi feito de momentos altos e momentos baixos, quer do ponto de vista da geografia exterior, quer do ponto de vista da “geografia humana-espiritual”. Em ambos os momentos, foi o grupo a afirmar-se com a atenção ao outro, a entreajuda, respeitando o ritmo de cada um, onde o compasso foi marcado pelo mais enfraquecido, e com a oração comum que nos ia unindo e ajudando a reafirmar a vontade de continuar até à meta. As paisagens, a cultura das gentes, o acolhimento das pessoas foram também fonte de crescimento no alargar os horizontes humanos, enquanto a simbologia cristã nos ajudou a alargar os horizontes da fé. A par de um caminho exterior há, mesmo, um caminho interior a percorrer. E se os carimbos dos vários locais onde parámos iam selando as “credenciais do peregrino”, as moções do Espírito Santo iam ficando gravadas no coração de cada um.
À chegada a Santiago, a festa e o reencontro com muitos dos que passavam por nós no caminho. E o encontro com o Apóstolo, depois de uma fila de mais ou menos três horas, para um abraço que sintetizou esperanças e desejos para ali transportados na pesada “mochila” espiritual. No dia 25, dia solene do Apóstolo São Tiago, a celebração litúrgica do dia uniu-se ao fogo-de-artifício deslumbrante da noite, motivos que nos ajudaram a regressar, já não a pé, mas de comboio, na esperança de repetir a experiência realizada.
Neste regresso, ficam gravadas no coração várias certezas comuns: nunca caminhamos sós; e o desejo de nos reencontrarmos como grupo. Seguindo o caminho das estrelas na Compostela, quer dizer “campo de estrelas”, tentámos ir “ultreia” e “sus eia”, quer dizer “mais além” e “mais alto”.
Os peregrinos
2 comentários:
Já tenho saudades de tudo que passámos dos bons e menos bons momentos mas que fazem parte da caminhada de fé.
Beijinhos para todos com algumas saudades.Sempre amiga Luisa.....
parabens a todos os q conseguiram
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